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Sapatilha de ponta: tudo o que você precisa saber!
22.05.2020

O sonho da Sapatilha de Ponta

Qual bailarina nunca desejou dançar lindamente em sua sapatilha de ponta como as bailarinas famosas de grandes companhias?

A tão sonhada sapatilha de ponta é uma referência para as bailarinas. É a simbologia mais representativa quando falamos de Ballet Clássico.

Já estamos imaginando uma linda bailarina com seu tutu prato flutuando nas pontas dos pés.

É o desejo das bailarinas e das mães que levam a criança até uma aula de Ballet.

Logo nas primeiras aulas vem a pergunta: ‘Quando poderei usar a sapatilha de ponta?

Que nós professores desejamos e preparamos as bailarinas para este dia, isto é fato, mas aí surge a dúvida:

 

“Quando calçar a sapatilha de ponta no ballet?”

 

O Dr. Frank Suzuki, que sempre buscou conhecimentos acerca do movimento do corpo e formas de prevenir lesões, nos coloca que a antiga estimativa de que em torno dos 12 anos a bailarina estaria pronta para colocar a sapatilha de ponta, por já ter a estrutura óssea desenvolvida, já não deve mais ser levada como único ponto a ser observado.

“O mundo é muito dinâmico e o ser humano está em eterna transformação. A formação da criança de hoje não é a mesma da década de 80, 90, 2000…”

Ressalta que devemos prestar atenção na estrutura óssea da bailarina.

Caso a formação óssea ainda não esteja com a maturidade adequada, podemos estar comprometendo esta mobilidade articular. Em casos mais graves até fazer uma intervenção inadequada em termos de estrutura óssea.

Estamos lidando com um corpo que ainda está em desenvolvimento e que talvez não esteja pronto para dar início a este trabalho.

Não devemos levar em consideração apenas a menarca, que é o momento da primeira menstruação, pensando que a partir dela a menina não irá crescer mais e consequentemente, não terá mais alterações ósseas. Isso é mito.

Se isto fosse uma regra, comprometeria o crescimento de inúmeras pessoas.

Esta matéria é baseada na entrevista de Simone Duarte e Dr. Frank Suzuki, escute na íntegra:

Quais os pontos importantes a serem observados?

  1. Estrutura óssea;
  2. Articulação;
  3. Estrutura muscular;
  4. Tempo de prática do Ballet Clássico;
  5. Quais os exercícios preparatórios específicos para receber as sapatilhas de pontas já foram realizados.

Estes aspectos são muito importantes para serem levados em consideração.

 

Como saberei identificar e pontuar este momento em minha aluna?

 

É fundamental que a professora de ballet tenha conhecimentos sobre a anatomia do corpo humano e sobre os estudos do movimento.

Assim terá autonomia para saber se sua aluna tem boa consciência corporal e saberá a hora certa de colocar as pontas. Contribuindo com o desenvolvimento e formação da bailarina, e não prejudicando a estrutura óssea.

 

  • Mas a mãe da criança está me cobrando isso, como eu faço?

 

Quando você tem conhecimento e segurança sobre o porquê não é o momento certo para aquela criança colocar a sapatilha de ponta, mas mesmo assim a mãe da criança insiste para que isto seja feito, e pior, até chega a dizer que irá trocá-la de escola. Você precisa ser convincente e ter um discurso sólido e com bases técnicas, que irá mostrar à esta mãe que o que determina não é exclusivamente a idade ou o tempo de Ballet de sua filha, mas a autonomia e o desenvolvimento desta criança.

Como tomar a melhor decisão?

É preferível que a gente retarde este momento de colocar as pontas.

Primeiramente garanta a segurança da bailarina e durante este tempo fortaleça a base muscular.

Colocar precocemente, talvez por medo de perder a aluna, pode ser o motivo para que isso ocorra logo em seguida, justamente por não estar apta ainda.

“É melhor que ela (a bailarina) retarde um pouco essa subida na ponta e viva de uma maneira mais saudável dentro do ballet do que você antecipar e perder uma bailarina (por lesão) posteriormente.”

Em alguns casos podemos solicitar que seja consultado um pediatra para verificarmos se o momento já é propício, em questões de formação óssea, pois você já fez suas considerações anteriormente.

O mais importante, acima de tudo, é pensarmos no bem-estar de nossas bailarinas. Lembrar que estamos lidando com corpos em formação e que podemos auxiliar, e muito no desenvolvimento delas, promovendo muitos benefícios para a vida toda. Porém, dessa mesma forma podemos estar causando uma lesão irreversível, e não é assim que queremos ser lembradas por nossos alunos.

Cautela e cuidado devem estar mais que presentes nesse momento.

“Como diz a professora Simone Duarte: ‘Nós encantamos!’ Nós temos que encantar a todos, mas sempre com muita sabedoria, muito cuidado, muita segurança e responsabilidade!”

Texto de Laiana Souza.

Baseado na entrevista abaixo, escute na íntegra:

 

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