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Como a CNV pode revolucionar suas relações
23.04.2020

Aprenda o poder da CNV, transforme suas aulas!

Comunicação não violenta – CNV – é uma forma de se comunicar que ajuda a melhorar os relacionamentos. Nos mostra uma forma de realizar essa interação sem machucar os outros e sem “engolir sapos”. 

Além disso, nos ensina a ouvir qualquer coisa dos outros sem ficar ofendido.

 

Como assim?

A CNV tem um pressuposto muito importante que é a empatia.

E a empatia nada mais é do que a capacidade de se colocar no lugar do outro, percebendo o que aquela pessoa está sentindo e quais necessidades dela não estão sendo atendidas e estão levando-a a agir e reagir daquela determinada forma.

No entanto, algo fundamental nessas interações é que você consiga se perceber também, perceber suas sensações, agradáveis ou não. Além de identificar suas vontades e ser capaz de expressá-las também ao seu ouvinte.

 

Praticar a CNV é um verdadeiro caminho de autoconhecimento, pois você precisa conhecer as suas emoções.

Perceber de forma consciente a forma como você age e reage para então poder adaptar-se. Identificar os gatilhos que te despertam tais reações e o que você precisa para ficar bem. Permitindo que você se cuide e se acolha com carinho e compaixão.

Parece simples, mas pode ser desafiador quebrar padrões enrijecidos que já estão programados no piloto automático.

A “comunicação violenta” pode ser caracterizada por uma comunicação onde o indivíduo se utiliza de indiretas e julgamentos, onde coisas ficam subentendidas, que eram tão óbvias que não tinham como o outro não ter percebido. Carregadas de acusações como “a pessoa está falando isso só para me machucar” ou “fulano não gosta de mim mesmo”, e por ai vai.

 

Um exemplo bem legal para ilustrar a CNV em ação é a seguinte situação:

Uma criança de 6 anos na casa dos avós brincando muito, a mãe combina com ela que ficarão mais 15 minutos para ela terminar a brincadeira e depois irão embora. Após os 15 minutos, a mãe chama a criança e ela começa a chorar dizendo que não queria ir embora.

A mãe diz para criança que entende que a brincadeira estava muito divertida e entende que ela se sinta chateada de ter que interromper a diversão para ir embora e que ela mesma gostaria de ficar um pouco mais, mas como já estava tarde e os avós e eles mesmos, a criança e os pais, também estavam cansados precisavam ir naquele momento. Mas que com certeza retornariam outro dia onde seria possível se divertir novamente. A criança compreendeu e aceitou ir.

 

Talvez você esteja se questionando se algo tão simples seria realmente efetivo.

A resposta é sim, é efetivo porque antes de a mãe dar os argumentos de que era tarde, que estavam cansados, que outro dia eles iriam retornar, afinal era a casa dos avós. Essa mãe validou o que a criança estava sentido antes e a criança se percebeu compreendida em sua frustração, percebeu que a mãe entendia que estava muito legal brincar, que era frustrante demais interromper e é nesse momento que ela também conseguiu ouvir o que a mãe tinha a dizer.

E é esse detalhe que faz muita falta nas relações, e não apenas com as crianças mas principalmente entre os adultos.

Nesse caso a mãe poderia pensar e reagir de diversas formas diferentes, que podem ser muito prejudiciais.

 

4 erros da comunicação:

1 – Você adora me contrariar!

2 – Você sempre quer mais!

3 – Você nunca valoriza o que eu faço por você!

4 – Passamos o dia todo aqui!

 

Poderia reverter em ameaças como, você vai ficar de castigo se não parar de chorar e ir agora! Você vai apanhar! Você vai ficar sem vir aqui por “N” dias! E por ai vai…

Percebe a diferença agora?

Muitas vezes você vai precisar validar o que o outro está sentindo para que ele se abra para ouvi-lo e então você possa também expressar as suas emoções com o ocorrido.

Afinal quem detém o conhecimento é quem deve conduzir a situação.

O importante aqui é perceber que a forma como as pessoas reagem tem muito a ver com os sistemas de defesa dela. Mas a verdade é que há uma grande diferença entre reagir e responder.

Reagir é um impulso, já para responder é necessário pensar.

E quando você para e pensa você vai para um nível onde você pode escolher como fazê-lo.

 

Tem a ver com desenvolver a capacidade de observar os fatos sem julgar.

 

Leia este caso

Marshall Rosenberg (autor da CNV) conta sobre o primeiro dia em que seu filho mais velho, na época com 6 anos, foi a uma escola regular (antes ele só tinha frequentado uma escola que aplicava CNV, criada pelo pai).

Antes mesmo de entrar na escola, um professor se aproxima dele e o chama de “mulherzinha” por causa do seu cabelo comprido.

Quando Marshall pergunta o que o filho fez a respeito, o garoto responde que se lembrou do que o pai lhe dizia:

“nunca dê a eles o poder de te fazer submeter ou revoltar”.

Eu pus as minhas orelhas de girafa, pai, e tentei ouvir o que ele estava sentindo e necessitando.

– Você se lembrou disso? O que você ouviu?

Muito óbvio, pai. Ele parecia irritado e queria que eu cortasse o cabelo.

– E como você se sentiu?

Pai, eu fiquei triste por ele. Ele era careca e parecia ter um problema com o cabelo.

Esta história poderia ter tido diversos desdobramentos diferentes e mostra o poder que a CNV possui e tenho certeza que você também conseguiu perceber isso.

 

Reflita e reaja!

E entendo que talvez neste momento você esteja lembrando-se de algumas situações que viveu, talvez se culpando, ou ainda, cogitando as possibilidades que surgem a partir desta ferramenta.

E eu me despeço de você dizendo que a autopunição é uma forma de violência também. Então não se culpe, perdoe-se, está tudo bem de verdade. Você fez o melhor que pode com o conhecimento que tinha até então.

Mas a partir de agora é sua obrigação saber mais, estudar mais, praticar e introduzir na sua vida e nas suas relações. Principalmente com as crianças, sejam seus filhos ou seus alunos.

 

Pois a infância é um terreno que pisamos a vida toda, e muitos dos nossos gatilhos para essas reações vem de lá, das experiências que você vivenciou e presenciou quando criança, as quais foram absorvidas e incorporadas.

 

Mas esse é um assunto para nos aprofundarmos em outro momento.

Lembre-se que agora você é adulto e pode escolher como se comunicar e como passar isso para as crianças. Quer sejam seus filhos ou seus alunos.

Aprofunde seus estudos e use a CNV para revolucionar sua comunicação e as suas relações.

Texto: Karina Duarte.

 

 

 

 

 

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