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A comunicação assertiva para o ballet infantil, nem sempre foi tida como prioridade. O assunto ganhou destaque nas últimas décadas, uma vez que que a psicologia infantil e a educação focaram mais no desenvolvimento emocional e social das crianças.
Pais e educadores têm utilizado cada vez mais esta abordagem. O motivo é o reconhecimento da importância de estabelecer vínculos saudáveis, bem como promover autonomia e fortalecer habilidades de resolução de problemas desde a infância.
Com isso, falaremos a seguir como esse movimento tem impacto positivo e fundamental nas aulas de ballet infantil.
Como citado anteriormente a comunicação assertiva, visa o bem-estar e o desenvolvimento das crianças. E é exatamente o que trabalhamos desde o primeiro dia de aula na SD Ballet.
A comunicação não acontece somente com palavras. A maneira como agimos, as nossas roupas, nossas expressões corporais e faciais: tudo comunica! E alguns comportamentos são necessários e fundamentais para gerar a confiança entre alunas e professoras no primeiro contato.
Tanto no primeiro dia quanto ao longo do ano, a professora precisa agir de forma assertiva, ou seja, ela deve desenvolver a habilidade de se expressar de forma clara, direta e respeitosa, promovendo uma interação saudável, compreensão mútua e desenvolvimento emocional e social. E como aplicar isso nas aulas de ballet?
Muitos profissionais que se intitulam “professores de ballet infantil”, possuem muita técnica do ballet clássico, pois, lhe foi ensinado a ser um bailarino. Porém, acabam se esquecendo que não se ensina crianças da mesma forma que ensina adultos, embora, essa prática tenha acontecido por anos.
É necessário gerar a conexão com essa criança, e ensiná-la de uma forma que faça sentido para ela, e não apenas jogar um monte de nomes em francês para que aprendam “na marra”.
Essa conexão é gerada a partir do momento em que a aula de ballet começa a fazer sentido para o universo daquela criança, ou seja, através da ludicidade e da brincadeira.
Antes de ensinar um demi-plié (que significa meia flexão de joelhos), faça a associação, por exemplo, como “abrir a janelinha”. Antes de ensinar um soubresaut porte (salto com deslocamento), associe com o “pulo do coelhinho”.
Ao associar os movimentos do ballet clássico com coisas que já fazem parte da bagagem de conhecimento daquela criança, ela aprenderá melhor e mais rápido, pois executar aquele movimento faz sentido para ela.
E para que tenhamos uma comunicação ainda mais assertiva e um ensino ainda mais eficiente, unimos a técnica da associação à contação de histórias, ou seja, os movimentos do ballet clássico são aplicados dentro do contexto de uma história. Como assim?
Vamos dar como exemplo, a história do Chapeuzinho Vermelho. “Era um lindo dia de sol, e Chapeuzinho Vermelho abriu a janela do seu quarto para que ele entrasse” e então todas as alunas realizam o movimento demi-plié para abrirem a janela do quarto. “Em seguida, foi levar frutinhas para a sua vovó que estava doente, e encontrou alguns coelhinhos pulando no bosque e decidiu imitá-los” e todas realizam o movimento sobresaut porte imitando o coelho. E desta forma, conseguimos alinhar o conteúdo que é preciso ensinar de uma forma mais leve, divertida e prazerosa.
Contudo, a comunicação assertiva no ballet com crianças tornou-se uma prioridade, impulsionada pelo reconhecimento da psicologia infantil e do desenvolvimento emocional, tornando-se cada vez mais valorizada.
Sendo essencial para estabelecer vínculos saudáveis e promover o desenvolvimento desde a infância. Na SD Ballet, essa abordagem é evidente desde o início, promovendo um ambiente de aprendizado estimulante através de associações lúdicas e cuidado com a imagem da professora.
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Revisão: Tatiani Longo.
