O ballet é uma dança que envolve beleza, graça e muita técnica. Por isso, é natural tentarmos identificar essas características ao assistirmos a uma apresentação, mesmo que seja de uma turma com crianças de 2 a 6 anos de idade.
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Mas como fazer com que crianças tão novinhas dediquem-se à prática sem que achem as aulas cansativas e sem graça?
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Foi essa dúvida que levou a Diretora Pedagógica da SD Ballet, Simone Duarte a desenvolver o método Sapatilha Dourada que une ludicidade e aulas temáticas ao ensino do ballet infantil.
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O assunto também foi tema de uma aula realizada no canal da SD Ballet no Youtube. Segundo a profissional, ensinar a dança para crianças é desafiador assim como fazer com que elas fiquem interessadas nas aulas.
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“É preciso entrar no imaginário da criança, é preciso fazer com que as aulas sejam gostosas de aprender, que sejam divertidas, isso é muito importante.
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Elas terão interesse em aprender a realizar o plié, tendu ou grand jeté, por exemplo se aquilo fizer sentido e é justamente isso que faz a aula temática”, explica.
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Como inserir as aulas temáticas no ensino

Inserir temas nas aulas de ballet infantil é um método eficiente, mas que ainda gera muitas dúvidas entre os professores.
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Isso porque, para quem não conhece o contexto, pode parecer que as aulas são tomadas apenas por brincadeiras, sem técnica alguma.
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Alguns pais, eventualmente, podem questionar essa prática mostrando que estão inseguros quanto ao aprendizado das crianças.
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Na aula, Simone explicou as diferenças entre o lúdico e o temático e sobre como os professores devem cercar-se de conhecimento e autonomia para passar segurança aos pais e às turmas de crianças.
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Se o ballet for ensinado de forma chata, a criança não vai se conectar e em pouco tempo ela perderá o interesse e desistirá.
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“Usar aulas temáticas não é fingir que ensina, é conseguir envolver os alunos de forma interessante e ensinar de uma maneira mais intensa e impactante.
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Ao propor histórias a serem vivenciadas na sala, estamos proporcionando momentos únicos para aquela criança que se vê como a personagem sugerida e aprende literalmente brincando”.
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Diferenças entre aulas lúdicas e temáticas

A diretora da SD Ballet explica que embora sejam complementares nas aulas de ballet, o lúdico e o temático são diferentes.
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Simone ressalta que enquanto a ludicidade utiliza linguagem, materiais e brincadeiras para envolver o imaginário e o fantasioso, o temático utiliza temas para guiar e conduzir as aulas.

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“Os dois podem ser muito divertidos e eficientes, mas o tema dá um norte, ele ajuda a entrelaçar as ideias, ajudando a criança a compreender o roteiro. Quando usamos temas, inserimos a criança naquela história e isso facilita muito o processo de aprendizagem”.

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Simone ainda destaca que o lúdico é um recurso poderoso, mas é o temático que causa emoção, alegria e sentimento de festa.
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“Quando impactamos emocionalmente, fazemos com que a pessoa grave aquilo que aconteceu no subconsciente e ela aprenderá o que está sendo proposto de forma mais fácil”.
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O que não pode acontecer em sala de aula, segundo ela, é que as aulas sejam repetitivas, por isso, planejar bem e fazer um revezamento das atividades é essencial. “As aulas temáticas precisam ser dinâmicas”, ressalta.

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Na aula, Simone constrói juntamente com outros professores, o roteiro de uma aula temática com dicas e explicações. Confira clicando aqui.